Fundo Imobiliário TORD11 apresenta rendimento de 5% em maio, apesar de queda acumulada no ano

O fundo imobiliário TORD11, listado na B3, encerrou o pregão do dia 28 de maio cotado a R$ 0,61 por cota. Apesar de o valor ser inferior à abertura do dia (R$ 0,63), o desempenho recente em termos de rendimento mensal mostra sinais positivos para os cotistas.

No último mês, o fundo distribuiu R$ 0,05 por cota, o que representa um yield de 5,00%. No acumulado dos últimos três meses, o retorno sobre dividendos chega a 17,00%, enquanto, no período de 12 meses, a rentabilidade alcança expressivos 89,00%. Esses números indicam uma forte performance em distribuição de proventos, o que pode atrair investidores focados em fluxo de caixa recorrente.

Entretanto, o valor das cotas vem registrando queda ao longo do tempo. Somente neste mês, a desvalorização foi de 3,17%. Já no acumulado de 2021, o recuo atinge 30,68%, e, em um período de 52 semanas, a retração chega a 64,33%. Esse comportamento de mercado sugere que, apesar do alto rendimento, o fundo enfrenta desafios que impactam negativamente a valorização patrimonial.

Durante o pregão do dia 28, as cotas do TORD11 oscilaram entre R$ 0,61 (mínima) e R$ 0,62 (máxima), com o fechamento se mantendo estável em relação à mínima do dia. A ausência de variação diária relevante mostra certa estabilidade nas negociações mais recentes, mas sem recuperação expressiva no curto prazo.

O TORD11 é conhecido por investir em ativos imobiliários e operações estruturadas, especialmente voltadas ao setor de incorporação. A alta distribuição de dividendos pode estar relacionada a operações pontuais ou à forma de estruturação do fundo, o que exige atenção dos investidores para entender a sustentabilidade desses rendimentos no longo prazo.

Apesar dos indicadores atrativos de yield, o histórico de desvalorização acende um sinal de alerta. Para quem considera investir no TORD11, é fundamental avaliar não apenas os dividendos pagos, mas também os fundamentos e perspectivas do portfólio de ativos, além do cenário macroeconômico que influencia o setor imobiliário.

O desempenho do fundo reflete um cenário de contrastes: de um lado, uma das maiores rentabilidades entre os FIIs em termos de distribuição; de outro, uma perda significativa de valor de mercado. Isso reforça a importância de uma análise aprofundada antes de qualquer decisão de investimento.